O programa habitacional Minha Casa Minha Vida – nome do atual programa Casa Verde e Amarela que passará a vigorar a partir do próximo ano – segue sendo pauta de muitas discussões no setor imobiliário. Considerada a grande “vitrine” do novo Governo Federal eleito, muito vem se discutindo sobre suas novidades e o retorno do foco às faixas iniciais do programa e às famílias de menor renda.
Dentre todos os aspectos em debate, um novo elemento se junta a esta discussão: o acesso aos trabalhadores informais ao crédito imobiliário, ou seja, a aprovação do financiamento imobiliário para quem tem renda informal.
Esta é uma das principais dificuldades do mercado imobiliário atualmente, especialmente no segmento econômico, e vem se discutindo entre membros do futuro Governo a possibilidade de se facilitar este acesso.
No entanto, a pergunta é: como viabilizar este financiamento com taxas de juros baixas e ao mesmo tempo garantir estas operações para os bancos de forma que as carteiras de crédito possam se manter saudáveis mesmo em caso de eventual inadimplência?
Uma das possíveis saídas é a criação de um fundo garantidor de crédito. Vale lembrar que esta, inclusive, é uma das propostas feitas por entidades representativas de empresários do setor imobiliário que propuseram à equipe de transição do Governo Lula a criação de um novo fundo garantidor para habitação com uso específico para famílias em situação de perda temporária de renda.
Se vai mesmo ser viável, é algo que teremos que aguardar. O fato é que estão fazendo de tudo para tentar viabilizar o programa Minha Casa Minha Vida com foco nas faixas mais baixas de renda e torná-lo a grande vitrine do novo Governo Federal.